A Festo reuniu dados sobre as principais evoluções da indústria brasileira nos últimos 10 anos de acordo com referências dos principais órgãos públicos e institutos brasileiros.
Para compreendermos completamente o otimismo atual da indústria brasileira, é fundamental fazer uma análise retrospectiva dos últimos dez anos. Nesse período, a indústria do país passou por transformações significativas, que moldaram o cenário atual.
Em 2013, a indústria brasileira atingiu seu pico histórico de faturamento, com destaque para o mês de agosto. No entanto, os anos seguintes foram marcados por uma queda acentuada no faturamento, desafiando o setor industrial.
Durante esses dez anos, observamos um avanço significativo na adoção de tecnologias industriais. Conceitos como automação, impressão 3D e digitalização entraram em cena, trazendo eficiência e competitividade para a indústria.
O tão falado "boom" da Indústria 4.0, que por um tempo teve mais discurso do que prática, hoje já se consolidou em vários aspectos. A digitalização de processos industriais, juntamente com a virtualização do trabalho, se tornou uma realidade, aumentando a eficiência e a capacidade de adaptação das empresas.
É importante destacar que, apesar dos avanços, há uma grande heterogeneidade no nível de aplicação tecnológica no parque industrial brasileiro. Alguns setores estão mais avançados do que outros, criando oportunidades para a expansão da tecnologia.
Setores que dependem da manufatura estão cada vez mais automatizados, o que facilita a gestão das demandas instáveis de produção. Isso reduz custos e aumenta a competitividade das empresas diante de desafios como picos de produção que exigem mão de obra especializada em curto prazo.
A Festo compilou dados recentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)¹ ² ³.
A indústria brasileira está otimista e pronta para o crescimento. Neste espaço, exploraremos os detalhes dessas análises, destacando os setores confiantes e os fatores que estão impulsionando esse otimismo, bem como dados importantes relacionados ao consumo e à economia como um todo.
No último relatório da CNI, revelou-se que 17 entre 29 setores da indústria, independentemente do tamanho das empresas e das regiões do Brasil, estão confiantes em seu futuro².
Entre esses setores, destacam-se:
Os dados do mês de junho de 2023, da pesquisa Indicadores Conjunturais da ABIMAQ, indicaram um crescimento na receita líquida de vendas de máquinas e equipamentos, o segundo consecutivo neste tipo de análise.
O segundo trimestre do ano registrou um crescimento de 2,7%. Pela primeira vez no ano, a melhora no resultado foi puxada pelo crescimento das vendas no mercado doméstico ¹ ² ³.
De acordo com o Indicador Ipea “Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais”, houve uma queda de 2,5% na comparação entre julho e junho na série com ajuste sazonal. Isso reflete a demanda interna por bens industriais, que é definida como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações¹.
No entanto, é importante notar que esses indicadores podem variar, e sua compreensão é essencial para uma visão completa da economia ¹ ² ³.
O cenário econômico brasileiro é complexo, mas também oferece oportunidades. Fatores como a queda das cotações de commodities, a reabertura econômica da China e medidas de estímulo fiscal e políticas de crédito estão influenciando o crescimento econômico e a inflação. Entender esses fatores é fundamental para tomar decisões informadas no mundo dos negócios¹ ².
Para entender completamente o cenário otimista da indústria brasileira, é fundamental avaliar o contexto econômico mais amplo. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre refletiu um comportamento heterogêneo entre os indicadores de atividades setoriais com periodicidade mensal¹.
Vamos dar uma olhada mais detalhada:
No entanto, a trajetória em médias móveis foi impactada negativamente pelo forte crescimento em dezembro de 2022, gerando uma base de comparação elevada nos resultados de março e abril. Se essa tendência se mantiver estável nos próximos períodos, o setor encerraria o segundo trimestre com uma queda de 0,5%.
Além disso, vale destacar que os indicadores que buscam sumarizar a atividade econômica brasileira também mostram um comportamento interessante. Esses dados adicionais fornecem um contexto importante para a perspectiva positiva da indústria brasileira.
Enquanto alguns setores enfrentam desafios, outros estão mostrando resiliência e crescimento. Isso sugere que a economia brasileira está em um momento de transformação e adaptação, oferecendo oportunidades e desafios para os próximos trimestres¹.
Referências: