Falar de inteligência artificial remete-nos a obras de ficção científica, como Westworld ou Detroit Become Human. No entanto, é muito mais do que isso. Podemos definir a IA como uma ferramenta graças à qual um sistema pode interpretar corretamente dados externos, aprendendo com eles e utilizando esses conhecimentos para executar tarefas e objetivos determinados.
Os dados transformados em informação são a fonte principal para melhorar e crescer, e a IA é a principal ferramenta deste processo. A implantação da IA nas fábricas traz várias vantagens, entre elas, a capacidade de prever e evitar defeitos de qualidade. Fortalecendo os sistemas e processos de recolha de dados, é possível obter a máxima eficiência e produtividade das fábricas.
A inteligência artificial representa vários métodos e técnicas, entre os quais estão a aprendizagem profunda, a aprendizagem por reforço ou a IA bioinspirada. Apesar destes métodos não serem novos, o aumento da potência informática e a modernização das infraestruturas permitem agora o seu uso generalizado na produção industrial. A inteligência artificial permite-nos resolver problemas que antes não tinham solução.
Um exemplo claro é a engenharia de controlo de sistemas complexos com uma forte dinâmica de fluidos, onde várias vezes não é possível trabalhar com métodos baseados em modelos, devido a abstrações demasiado imprecisas ou complexas. A aprendizagem por reforço abre um caminho para programar estes sistemas no futuro.
Na realidade, o sistema funciona de forma muito semelhante a um ser-humano. Os processos recolhem os dados para analisá-los, interpretá-los e tomar uma decisão. Para desenvolver este processo, procuramos entender e avaliar todas as possíveis situações. Concluída esta fase, colocamos em prática estratégias de ação, aplicando uma dose de intuição e outra de experiência.
A questão é que a IA executa estes passos com mais vantagens. Esta ferramenta é capaz de fazer uma seleção automática dos dados de forma ilimitada, uma vez que a capacidade de receção de uma máquina é bastante superior à de uma pessoa. A isto é necessário agregar um nível de concentração infinito, como também rapidez de ação extrema. Como se trata de uma máquina, estes processos e sistemas são executados com garantia de qualidade.
Os gémeos digitais são descrições eletrónicas de unidades, que podem ser componentes, bens de produção, sistemas e processos e lógicas abstratos. Os seus requisitos são diversos e vão desde a informação geral (fabricante, tipo ou tamanho) até às descrições das interfaces para implementações modulares, passando pelas capacidades definidas e simulações físicas.
BaSys 4.2 dedica-se a conjugar os diferentes requisitos de gémeos digitais, tanto no modelo do shell de administração, como nas ferramentas e aplicações de software de livre acesso, de forma que se possa implementar facilmente o conceito na prática. O objetivo é criar um modelo comum, apoiando assim as pequenas e médias empresas.
A Festo também lidera as atividades no pacote de trabalho correspondente, prestando especial atenção à evolução da engenharia para impulsionar a aplicação real destes conceitos.
A Festo participa numa série de projetos relacionados com o desenvolvimento e a implementação da IA. É o nosso papel como líderes em tecnologia e inovação em automação industrial. Queremos estabelecer a inteligência artificial como tecnologia-chave e competência principal, utilizando-a de forma eficiente nas soluções de automação para os nossos clientes.
A Festo investiga no projeto FLAIROP, com parceiros da Alemanha e do Canadá, como aumentar a inteligência dos robôs de picking mediante métodos de IA distribuída. A investigação incide na forma de utilizar os dados de formação de várias estações, unidades ou empresas sem haver a necessidade de fornecer dados da empresa.
O objetivo é desenvolver algoritmos novos e mais potentes, para um uso sólido da inteligência artificial na indústria e logística 4.0, enquanto são cumpridas as diretrizes de proteção de dados.
O resultado final deveria ser um robô capaz de pegar em artigos das estações sem precisar de o ter conhecido ou ter sido treinado previamente.
A combinação entre bens materiais e serviços em pacotes de serviços híbridos conduz a novas formas de criação de valor acrescentado. Um produto torna-se no suporte material de vários serviços. Desta forma, é possível oferecer soluções personalizadas, de acordo com as necessidades individuais de cada cliente.
Na área de investigação prioritária sobre o trabalho em sistemas com valor acrescentado híbridos, devem ser desenvolvidas ferramentas e modelos transferíveis para uma construção e uma organização humana de trabalho. Inclui-se, por exemplo, a capacidade de os funcionários trabalharem em redes empresariais digitais e em relações mutáveis entre empresas e clientes.